Quem somos
Somos um grupo de pessoas da sociedade civil que entende que nenhum ser humano deve viver na extrema miséria e estamos procurando doadores para contribuir com o projeto ate Dezembro/20202. Veja mais informações na seção "Mais Detalhes" abaixo. Se você precisar de alguma informação adicional, entre em contato conosco pelo email serpontefortaleza@gmail.com
O que estamos fazendo
Dando uma renda de R$ 180 por família assistida, sem burocracia e de forma rápida.
Iniciamos o projeto com 20 famílias com a pretensão de apoiá-las de abril a julho/2020. Com a ajuda de pessoas como você, já chegamos a 160 famílias e fomos capazes de estender o período de abril a setembro/2020. Mas podemos e queremos fazer mais.
Quem distribui o dinheiro?
A abordagem aos assistidos é feita por agentes territoriais: moradores dos territórios que são líderes comunitários com trajetórias de luta por direitos básicos.
Todos os agentes territoriais que estão na ponta desse projeto têm uma grande experiência de ativismo dentro das suas comunidades e em outros movimentos sociais, estabelecendo a partir disso uma relação de respeito e confiança. Ninguém melhor do que eles para construir essa ponte direta com as famílias.
Como funciona a distribuição?
A distribuição é feita sem burocracia. Mantemos um cadastro mínimo com nome, informações sobre a família (número de pessoas, renda aproximada), endereço, e idade e outros dados sócio-demográficos simples, coletados pelos agentes territoriais. A ideia é desburocratizar o processo e garantir uma renda mínima básica de forma rápida.
Como tenho acesso à prestação de contas?
Disponibilizaremos mensalmente um relatório de impacto detalhando o número de assistidos, informações demográficas, receitas com as doações, despesas detalhadas e expectativa de atuação para o próximo mês. Enviaremos o relatório por email para cada um dos doadores.
Mais detalhes
Qual é nossa motivação?
Não estamos sozinhos no mundo, mesmo quando precisamos nos distanciar. Acreditamos que todos nós estamos implicados nas desigualdades à nossa volta e somos corresponsáveis por acabar com elas.
Acreditamos numa renda básica universal como forma de tirar as pessoas da linha da extrema miséria, e que as iniciativas governamentais no Brasil, independente da cor ideológica do partido da vez, são, em geral, lentas, burocráticas e erráticas. Segundo o IBGE, temos 13,5 milhões de brasileiros vivendo com menos de R$ 145 mensais e a situação não está melhorando. Esperar apenas pela iniciativa do Estado, ou da consciência social da iniciativa privada, não vem funcionando. As poucas iniciativas, quando saem do papel, se perdem em um mar de burocracia e demoram a chegar em quem precisa. Não vamos esperar, ao mesmo tempo em que continuamos exigindo do poder público a sua atuação para garantir os direitos constitucionais de todos.
Devido à contínua precarização do trabalho no Brasil, muitas pessoas tiveram que recorrer à informalidade ou a subempregos para manter alguma renda. Com os impactos econômicos causados pela pandemia do Covid-19, grande parte da população está perdendo suas fontes de sustento. Quem está em situação de miséria não tem tempo para esperar. O nosso objetivo é distribuir valores financeiros sem burocracia para estas pessoas mais atingidas.
Dar dinheiro sem restrições não aumenta o uso de álcool, cigarro e outras drogas?
Esta é uma preocupação comum na nossa sociedade. Há uma crença de que o dinheiro dado a pessoas em situação de miséria será usado para comprar álcool, cigarro ou outras drogas. As evidências científicas provam que esta crença não é verdadeira.
No estudo "Transferência de dinheiro e bens de tentação" (Título original: Cash Transfers and Temptation Goods), os pesquisadores David K. Evans, do Banco Mundial (World Bank), e Anna Popova, da Universidade de Stanford, mostram que esta crença é falsa. Eles examinaram o gasto em "bens de tentação", como álcool e cigarros, após o recebimento de dinheiro por pessoas em extrema miséria. Os dados mostram que após receber tais benefícios o consumo de bens de tentação por essas pessoas na verdade diminui (Evans; Poppova, 2014).
O estudo de Evans e Popova analisou 19 outros estudos sobre iniciativas de distribuição de renda em diversas parte do mundo. A conclusão é que "quase sem exceção, os estudos indicaram que não há relação entre o recebimento de benefícios em dinheiro e o gasto em álcool e cigarro".